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Enfermagem

UFTM: sua profissão aqui - Enfermagem

Publicado: Sexta, 20 de Setembro de 2024, 07h10

O curso de bacharelado em Enfermagem da UFTM, vinculado ao Instituto de Ciências da Saúde - ICS, é o segundo curso de graduação ofertado na história da Instituição. Começou suas atividades no ano de 1989, na ainda Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM). Atualmente, oferta no turno diurno, semestralmente, 30 vagas e conta com quadro de professores em dedicação exclusiva, entregando ao mercado de trabalho profissionais em enfermagem atualizados e amplamente capacitados.

Docente do curso de Enfermagem da UFTM desde 1997, inicialmente como professora em substituição e se efetivando posteriormente, a professora Rejane Cussi Assunção Lemos atualmente atua com a disciplina de Semiologia e Semiotécnica Aplicada à Enfermagem e com Estágio Curricular Supervisionado na Área Hospitalar.

Professora Rejane, que atualmente também está na coordenação do curso, concluiu mestrado em Enfermagem Geral e Especializada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 2001; o doutorado, em Atenção à Saúde, concluiu na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em 2017. O curso de graduação realizou na FMTM, no ano de 1995, pertencendo à 4ª turma.

 
Foto: Professora Rejane Cussi Assunção Lemos (graduação/Enfermagem/HC/UFTM)

Dos tempos de graduação, professora Rejane traz significativas lembranças, entre elas os estágios, realizado no próprio Hospital de Clínicas da UFTM, Hospital Escola na época, em diversos setores; e um estágio extracurricular, não obrigatório, em hospital da rede particular no município de Uberaba, “ambas as experiências foram válidas, pois possibilitaram vislumbrar o cotidiano e as rotinas que envolvem a profissão de enfermagem. Vivenciar duas realidades completamente distintas possibilitou conhecer e reconhecer aspectos positivos e desafios de ambas, facilitando a compreensão do universo maior de complexidade de atendimentos e relacionamento interpessoal”, destacou, ressaltando, ainda, que, desde essa época, o curso de graduação em Enfermagem já oferecia atividades práticas em diversas especialidades, como Clínica Médica e Cirúrgica, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental e Psiquiatria, Saúde do Idoso, Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Pediatria e Administração em Urgência e Emergência.

O curso de Enfermagem da UFTM busca formar enfermeiros generalistas, humanistas, críticos, reflexivos e éticos, qualificados para o exercício da enfermagem, com base no rigor científico e intelectual. O profissional precisa buscar capacitação para trabalhar em equipe, em um processo de trabalho que envolve aspectos gerenciais e assistenciais, pautados no ensino e na pesquisa, interligados diretamente às práticas do cuidado, tornando-o gerenciador do cuidado. O desenvolvimento e a aquisição de competências e habilidades visam também à formação do enfermeiro para atender às necessidades de saúde da população, com ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando a integralidade da atenção, da qualidade e da humanização do atendimento. Diante disso, professora Rejane explicou que o candidato a ingressar no curso precisa  possuir capacidade crítica, reflexiva e, acima de qualquer qualidade, saber reconhecer a necessidade do outro e tratá-lo como ser humano singular.

Quanto ao mercado de trabalho, professora Rejane afirmou que atualmente há várias áreas de atuação específicas da enfermagem, como a área assistencial em rede privada e pública (com uma gama de concursos disponíveis), abrangendo a área hospitalar ou de saúde coletiva, com cargos voltados para enfermeiros assistenciais, gerentes de enfermagem e auditores. A área acadêmica também, segundo a professora, é um campo potencial de atuação para a enfermagem, desenvolvendo docentes capacitados e pesquisadores de excelência, com pós-graduações stricto e lato sensu oferecendo a oportunidade de aperfeiçoamento das atividades de enfermagem. “As atividades profissionais do enfermeiro poderão ser desenvolvidas em distintos cenários, como hospitais gerais e especializados, unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família, centros de reabilitação, clínicas especializadas, instituições de longa permanência, vigilância epidemiológica, escolas, creches, empresas, atendimento domiciliar, bem como na área da pesquisa e de formação de recursos humanos da enfermagem. Esse profissional poderá ainda ampliar seu campo de atuação com atividades relacionadas a auditorias, consultorias e assessorias, entre outros contextos”, explicou.

 
Foto: Professora Rejane em evento de colação de grau do curso de bacharelado em Enfermagem (Auditório Esmeralda/UFTM)

Professora Rejane demonstrou plena realização com a escolha profissional, frisando que “A enfermagem é a arte de cuidar”, destacando ainda que enfermeiro(a)s  são  o(a)s profissionais que permanecem a maior parte do tempo ao lado dos clientes e, por isso, desenvolvem a capacidade de conhecê-los melhor, de sentir sua essência e evidenciar suas reais necessidades, “a enfermagem é uma profissão que requer o amor como carro-chefe de suas ações. Nessa perspectiva, quando gostamos do que fazemos, nos envolvemos de tal forma com as atividades  que não sentimos o tempo passar e nossa gratificação vem do sorriso e do olhar de agradecimento dos nossos clientes”, afirmou, finalizando com as célebres palavras da precursora da profissão, Florence Nightingale.

"Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos.
Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento.
Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda.
Escolhi o branco porque quero transmitir paz.
Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte do saber.
Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida!"

(Florence Nightingale)

Natural da cidade de Batatais-SP, onde finalizou o ensino médio, a discente Luana Maria de Matos Carvalho Barbosa ingressou no curso de Enfermagem no segundo semestre letivo de 2021 (com aulas a partir de fevereiro de 2022). Luana sempre teve apreço pela área da Saúde, mas enfermagem, a princípio, não lhe chamava a atenção. Inicialmente cursou Medicina Veterinária em uma universidade privada do estado de Minas Gerais, pelo Prouni, mudando de ideia posteriormente: “percebi que meu campo não era muito animal e eu queria trabalhar com pessoas. Passei os dois anos da pandemia estudando em casa para o vestibular de Medicina, mas desisti quando bati na trave e, como a pandemia acabou, eu queria sair de casa, aí escolhi fazer enfermagem com bastante medo de não me encontrar no curso, como aconteceu com o anterior, mas eu me apaixonei pela área! Eu genuinamente amo meu curso e vejo um leque de oportunidades na minha frente. É gratificante poder fazer algo por alguém que promova melhora ou bem-estar”, destacou.

Passado o momento de dúvidas e apreensões iniciais pela escolha do curso, Luana agora segue ativa, animada e idealizada. Atualmente está no último mês de iniciação científica, contemplada com bolsa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - Fapemig, e trabalhando com o Grupo de Pesquisa Ciclos de Vida, Família e Contexto Social - Cifacs em pesquisas de continuidade do cuidado. Luana é uma das fundadoras e membro do Diretório Acadêmico Tanyse Galon, que é a representação estudantil dos discentes do curso de bacharelado em Enfermagem e, também, está na coordenação discente de pesquisa da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva. 

 

Foto*: discente Luana Maria de Matos Carvalho Barbosa do curso de graduação em Enfermagem/UFTM em aula prática da disciplina de Bases Técnicas de Assistência à Enfermagem

Luana afirma que ainda não chegou ao estágio obrigatório, que só acontece no último ano do curso, mas já segue realizando práticas clínicas nas UBS e no HC-UFTM, “já passei por Clínica Médica e Cirúrgica no Hospital de Clínicas, lá prestamos assistência aos pacientes e elaboramos estudo de caso com os dados coletados”, explicou. 

Com muitas expectativas para iniciar o estágio, Luana já demonstra a percepção de que o Hospital de Clínicas da UFTM tem toda tecnologia de ponta necessária, “o privilégio de estar lá dentro é quase como tocar ciência com as mãos, a gente vê a pesquisa na prática quando ela influencia na escolha de materiais e técnicas. É muito bom atuar em campo, mas a pesquisa tem meu coração, a ideia do privilégio de estudar pra sempre brilha meus olhos, eu quero ficar na academia”, confidenciou, já planejando continuidade na vida acadêmica, “espero não ter dificuldade para ser aprovada na residência (apesar de não ter certeza se quero Terapia Intensiva ou Atenção Primária), depois quero seguir no mestrado e doutorado”.

Para aqueles que desejam cursar Enfermagem e às vezes estejam em dúvida, Luana pondera que de fato há desafios, sendo necessário ter muita força de vontade e dedicação, “se você tiver coragem e disposição o suficiente para tentar, a vista do outro lado é linda. Enfermagem não é só hospital ou atenção básica como muitos pensam, e se for essa sua escolha, também não tem nada de básico nisso. Ser enfermeiro é promover qualidade, seja para nascer, morrer ou viver”, finalizou.

 

Fotos:   arquivo pessoal dos participantes do projeto 

* Júlia Pereira Gomes

 

Este texto constitui parte do projeto de ensino “UFTM: sua profissão aqui”,  desenvolvido pela Divisão de Apoio ao Ensino - DAEN/DGE/PROENS, contando com parceria do Cefores e da Comunicação Social/UFTM. Coordenadore(a)s  de cursos que ainda não participaram do projeto podem solicitar participação . Mais informações podem ser consultadas pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. .

 

Acesse os cursos que já participaram:

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