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UFTM: sua profissão aqui - Terapia Ocupacional

Publicado: Quarta, 28 de Agosto de 2024, 10h36

O curso de Terapia Ocupacional da UFTM, vinculado ao Instituto de Ciências da Saúde - ICS da UFTM, iniciou suas atividades no segundo semestre de 2006, cerca de um ano após a transformação da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro - FMTM em Universidade. Atualmente, oferta, no turno diurno, 30 vagas, semestralmente, com dezenas de docentes em regime de dedicação exclusiva distribuídos em diversos departamentos. Com amplas abordagens no processo formativo, segue disponibilizando à sociedade e ao mercado profissionais com perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, capazes de atuar nas áreas de saúde, assistência social, cultura, educação e trabalho, por meio de intervenções individuais, grupais e ações coletivas.

 

Docente trabalhando em substituição entre os anos de 2018 e 2019 e efetiva a partir do ano de 2020, professora Verônica Borges Kappel trabalha atualmente no curso de Terapia Ocupacional da UFTM com os componentes curriculares de Intervenções da Terapia Ocupacional no Contexto Escolar; Atividade, Ocupação e Desenvolvimento Humano: Infância e Adolescência; Intervenções da Terapia Ocupacional em Saúde Coletiva; Comunicação na Prática Profissional; Estágio Supervisionado IV; colaborando também como tutora em componentes curriculares do curso de Residência Multiprofissional em Saúde - Eixo da criança e do adolescente.

 

Professora Verônica externa com grande honra e emoção o fato de ter se graduado na própria UFTM na 1ª turma do curso de Terapia Ocupacional, em 2010. O mestrado, concluído em 2012, e o doutorado, finalizado em 2018, também foram cursados na Instituição, no Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde. Dos tempos de graduação traz significativas lembranças de seu processo de formação: “recordo-me de cada campo de práticas frequentado e das vivências compartilhadas entre os discentes e entre os docentes e discentes, já que tudo estava se iniciando para todas as pessoas do curso: alunos e professores. Todo dia tínhamos grandes desafios, alegrias, conquistas e descobertas. Nossos professores, hoje meus colegas de trabalho, iam a campo atuar conosco para que pudéssemos aprender sobre competências e habilidades profissionais do terapeuta ocupacional em diversas áreas. Muitos docentes não eram do município de Uberaba, assim como muitos discentes. Juntos, desbravamos as redes oferecidas pelo município na época, conhecemos os serviços e os profissionais atuantes nas instituições e protagonizamos espaços de forma coletiva, gradual e colaborativa”, destacou.

 


Foto: Professora Verônica Borges Kappel (Terapia Ocupacional/UFTM)

 

Entre os diversos estágios realizados, professora Verônica se lembra do encantamento com os serviços prestados no complexo HC/UFTM, especialmente relacionados à infância e à adolescência, assim como a atuação em uma instituição vinculada ao campo social, onde realizava ações com adolescentes em situação de vulnerabilidade social, e em um serviço que realizava o acolhimento e atendimento às mulheres dependentes químicas, de variadas idades. “No complexo HC, recordo-me da sensação de vestir o jaleco pela primeira vez, de dialogar com demais discentes de outros cursos sobre a Terapia Ocupacional e suas especificidades. Na instituição onde realizávamos ações com adolescentes em situação de vulnerabilidade social, lembro-me do quanto me vinculei a determinados jovens e como pude compreender, na prática, sobre contextos familiares e sociais sensíveis e fragilizados. No serviço de acolhimento e atendimento às mulheres dependentes químicas, conheci uma jovem de 15 anos que era usuária de substâncias psicoativas. Nunca irei me esquecer do dia em que a levamos ao cinema 3D, jamais visitado por ela, conseguindo romper os muros da institucionalização”, relatou, entre outras situações vivenciadas que lhe foram intensas e carregadas de emoção, aprendizado e desafios.

 

Condição relevante para aqueles que estejam interessados em ingressar no curso de  Terapia Ocupacional é, conforme a professora Verônica, que se tenha uma crença profunda na dignidade e no potencial de cada ser humano, independentemente de suas características individuais, sendo importante reconhecer e valorizar a pluralidade e a capacidade de todos os indivíduos, sejam eles bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos, pessoas com deficiência ou não, assim como aqueles que se encaixam ou não nos padrões socioculturais estabelecidos. “O aspirante à Terapia Ocupacional deve estar disposto a estabelecer uma conexão sensível, ética, crítica, cuidadosa, verdadeira e funcional com aqueles que se propõe a acompanhar. A prática da Terapia Ocupacional se concentra na ocupação humana, no cotidiano e na participação plena de todos, independentemente de suas condições de saúde, idade, gênero, raça, crença, entre outros aspectos. Portanto, para ingressar nesse curso, é necessário ter disposição interna e externa para enfrentar desafios, acreditar no trabalho e, principalmente, ter o desejo genuíno de se tornar um terapeuta ocupacional”, frisou.

 

Professora Verônica afirma que os terapeutas ocupacionais, quando egressos, terão como campo de trabalho as áreas da saúde, da assistência social, da cultura, da educação e do trabalho, podendo atuar na atenção primária, secundária e terciária em saúde, ou seja, trabalhar em unidades básicas de saúde, unidades matriciais de saúde, ambulatório de especialidades, centros de atenção psicossociais, centros de referências, serviços especializados, clínicas e consultórios, comunidades terapêuticas, hospitais, dentre outros campos possíveis, “o mercado de trabalho segue em vigorosa expansão, em todas as áreas, como nunca antes vivenciado. Nos dias atuais, quase a totalidade de concluintes em Terapia Ocupacional na UFTM finalizam o curso de graduação com intenções formais de contratação, aprovações em concursos públicos e em processos seletivos de pós-graduação. Importante salientar que, atualmente, a clínica particular é, em grande parte, responsável pela entrada de muitos profissionais no mercado como autônomos, com uma remuneração muito atrativa. A Terapia Ocupacional é uma profissão que tem se expandido e ganhado contornos cada vez maiores e mais complexos, exigindo dos profissionais conhecimentos atualizados, críticos e circunstanciados aos diversos contextos dos sujeitos”, explicou.

 

Após sua formatura em Terapia Ocupacional na UFTM, em 2010, professora Verônica trabalhou por dez anos como terapeuta ocupacional nas redes pública e privada, alcançado, posteriormente, uma vaga no quadro efetivo da UFTM como docente. Ponto relevante desta entrevista foi sua demonstração de gratidão pela oportunidade de agora se associar aos mesmos docentes e orientadores que a auxiliaram em sua construção profissional e, por hoje, junto a esses colegas que tanto a ensinaram e ensinam, seguirem unidos em prol da Terapia Ocupacional, “aqui, na Terapia Ocupacional da UFTM, dizemos sempre que não escolhemos a Terapia Ocupacional, ela nos escolhe. O encantamento e o poder de mudanças ocasionados por cada componente curricular cursado e ministrado vai envolvendo gradativamente o discente e o docente na luta pelo reconhecimento, pela expansão e pelo exercício profissional cada vez mais qualificado”, concluiu.

 


Foto: Professora Verônica (Placa da 1ª Turma de T.O. - Centro Educacional/UFTM)

Natural da cidade de Rio Claro-SP, de onde saiu depois que finalizou o ensino médio para se ingressar no curso de Terapia Ocupacional, o discente Vitor Crespo apresentou significativa motivação para escolher o curso, “mudei para cá (Uberaba) com minha pequena grande família, sendo minha mãe, meu irmão e meus três cachorros, em maio de 2023, com destino ao curso de Terapia Ocupacional, na UFTM”. 

 

Vítor mencionou que, como todo adolescente, experimentou um processo intenso de amadurecimento, entre idas e vindas e reflexões, quando decidiu de fato pela escolha do curso por duas situações, sendo o amor incondicional por seu irmão Guilherme e o amor incondicional pela Terapia Ocupacional, “sem o Gui, dificilmente eu amaria a T.O., ele foi o cupido desse casamento perfeito. Meu irmão é autista nível três de suporte. Hoje ele é um adolescente de treze anos, e nossa história juntos merece uma entrevista à parte, porém, ao que convém, ele sempre passou por atendimentos com algumas terapeutas ocupacionais, e eu sempre fazia parte dessas sessões, pelo fato de o Gui ter muita confiança comigo. Nossa conexão é para além do que esse universo poderia suportar, e vendo os ganhos que ele tinha com as intervenções da T.O., não me restaram dúvidas, a não ser: eu ‘preciso’ ser um terapeuta ocupacional!”, enfatizou.

 


Foto: Discente Vítor Crespo (Terapia Ocupacional/UFTM)

 

Inicialmente Vítor ingressou em um curso de Terapia Ocupacional em uma universidade do estado de São Paulo. Posteriormente, considerando o curso de T.O. da UFTM mais ao encontro de seu perfil, com exponenciais interfaces de formação  e corpo docente referencial em âmbito nacional, decidiu se transferir para a UFTM.

 

Vítor está no quinto período do curso, realizando-se em componentes de Prática Assistida em Terapia Ocupacional, atuando em contextos socioeducativos (creche municipal), em área de saúde coletiva (unidade matricial de saúde), com atendimentos diversificados, por meio de visitas domiciliares, por exemplo, e, mais recente agora, na área de saúde do trabalhador, no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador - CEREST. Diante das experiências práticas, nas quais têm encontrado grandes significados para a formação de sua identidade profissional, Vítor afirmou estar ansioso para iniciar o estágio obrigatório, que no curso ocorre nos dois últimos períodos.

 

Atualmente, Vítor é bolsista do PET Saúde, presidente do Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional Sônia Geib (CATO-SG) e representante discente dos alunos de Terapia Ocupacional da UFTM no Crefito Jovem. Participa ativamente de projetos de ensino e extensão, entre eles o de extensão “menTOria”, destinado à comunidade acadêmica do curso, em específico aos ingressantes, como facilitador para adaptação, acolhimento e troca de experiências, participando também de ligas acadêmicas e várias outras atividades extracurriculares.

 

Vítor, que tem se identificado com desenvoltura na área da reabilitação pediátrica, já expressa grande expectativa para a formatura, dando continuidade a pesquisas na área de T.O. e já idealizando cursar mestrado. Reconheceu que há atualmente alta taxa de empregabilidade e demanda profissional, afirmando que àqueles que queiram fazer um curso superior com formação na área da saúde, buscando uma concepção de saúde e doença para além da biomédica, compreendendo os indivíduos em seu todo, em sua singularidade, nos contextos que vivem, usando aquilo que mais lhe traz significado de vida com recurso para alcançar autonomia, funcionalidade e participação social -recomenda cursar Terapia Ocupacional na UFTM, “a Terapia Ocupacional faz nada mais que devolver o papel principal ao indivíduo, para que possa ser protagonista de sua história, e o insere novamente no palco da vida", finalizou. .

 

 

Fotos:  arquivo pessoal dos participantes do projeto

 

Este texto constitui parte do projeto de ensino “UFTM: sua profissão aqui”,  desenvolvido pela Divisão de Apoio ao Ensino - DAEN/DGE/PROENS, contando com parceria do Cefores e da Comunicação Social/UFTM. Coordenadore(a)s  de cursos que ainda não participaram do projeto podem solicitar participação . Mais informações podem ser consultadas pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

 

Acesse os cursos que já participaram:

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Assunto(s): ENSINO
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