Alunos da UFTM são premiados em competição nacional de desenvolvimento de software

A equipe Wolstory, formada por cinco alunos dos cursos de Engenharia de Produção, Mecânica e Elétrica da UFTM, conquistou o primeiro lugar na competição Mega Hack 3.0, um dos maiores hackatons on-line do Brasil. A competição contou com mais de cinco mil inscritos, distribuídos em 500 times, com participantes de todos os estados brasileiros e também de outros 30 países. Essa edição contou com seis empresas desafiantes. O projeto vencedor foi o protótipo de um livro digital interativo criado pelo grupo que recebeu o primeiro prêmio de R$ 21.500,00.

Hackathon é um evento que reúne programadores, designers e outros profissionais ou interessados ligados ao desenvolvimento de software em maratonas de trabalho com o objetivo de criar soluções específicas para um ou vários desafios propostos por empresas.

A experiência

Para a equipe vencedora, os discentes das engenharias, a UFTM foi o princípio de toda a experiência nesta competição. A ideia de montar um time surgiu no grupo de programação competitiva do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas – ICTE, chamado ToT, formado entre os próprios alunos da Universidade, coordenado por docentes.

Os estudantes se inscreveram no evento e formaram o time que batizaram de Wolstory. A equipe foi composta pelos alunos Arthur Lopes Morais e Pedro Henrique Viana dos Santos, ambos do curso de Engenharia Elétrica; Thales Freitas e Gabriel de Souza Bonizario, do curso de Engenharia Mecânica e Vitor Shimohira Takeshiro, do curso de Engenharia de Produção.

Eles tiveram onze dias para selecionar um dos desafios apresentados pelas empresas organizadoras e criar um projeto para solucionar o problema. Por fim, escolheram o desafio lançado por uma empresa voltada para tecnologia educacional, devido ao interesse do time na problemática proposta. O trabalho consistia em melhorar o engajamento dos leitores da empresa.

O projeto

Os cinco integrantes do time criaram um projeto com a seguinte solução: um livro interativo. O protótipo propõe que qualquer público leitor, seja criança, adolescente ou adulto, na medida em que lê o livro em voz alta, na frente do computador, de um tablet, celular, aparecem animações. A inteligência artificial empregada mostra imagens do que foi lido. Essa é uma das partes da solução. A outra é focada no público que está aprendendo a ler. Durante a leitura, o programa identificaria, pela inteligência artificial, problemas de dicção, pronúncia de palavras. Apresentaria um diagnóstico do aprendizado pela fala.  

O protótipo foi analisado pela empresa e pelos jurados do evento, e os alunos da UFTM ganharam em primeiro lugar nesse desafio. “A validação da ideia e o desenvolvimento do protótipo foram orientados por mentorias oferecidas pelos organizadores e patrocinadores da competição. Nelas tivemos contato com funcionários de grandes empresas, como o próprio cofundador da empresa, o que nos trouxe uma experiência muito enriquecedora e conseguimos colocar em prática diversas habilidades necessárias do mercado de trabalho”, salientou Thales Freitas, estudante do curso de Engenharia Mecânica.

Os professores Leandro Cruvinel Lemes, do departamento de Matemática Aplicada e Elder Vicente de Paulo Sobrinho, do departamento de Engenharia Elétrica da UFTM, incentivaram a participação dos alunos na competição. “Promover a participação e imersão dos alunos em eventos competitivos como Hackathons, maratonas de programação e outros eventos do tipo, possibilita o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe, iniciativa, comunicação, raciocínio lógico e comportamento pessoal. Consequentemente, este se torna um profissional completo e altamente disputado no mercado de trabalho”, afirmou o professor Elder.

Frutos da experiência

De acordo com os professores da UFTM, neste tipo de evento competitivo, também se têm a possibilidade de contratação, pois empresas de diversas áreas, inclusive de tecnologia, usam esse meio como recrutamento de novos talentos. 

Outro aspecto importante está relacionado à dinâmica da competição que geralmente segue metodologias de gestão de projetos utilizadas em grandes empresas, tornando a participação uma oportunidade extra para transformar conhecimentos e ideias em projetos úteis em diversos contextos, inclusive sociais. 

“Toda a experiência durante todo o processo de entrega final foi transformadora, começando por ter de escolher um dos sete desafios propostos. Por fim, a oportunidade de participar, bem como a vitória alcançada, foram marcos importantes para a todos os membros do time. O trabalho desenvolvido pôde ser visto e reconhecido por grandes empresas, passou por bancas de avaliação de grande renome, e hoje a equipe tem oportunidade de deixar sua contribuição para alunos do Brasil”, concluiu Thales.

Acesse os links do projeto:

Protótipo: https://www.youtube.com/watch?v=SRAIU0Y2qwI

Apresentação: https://www.youtube.com/watch?v=DejQr9jVt1g